Série: Nada Ortodoxa é uma corajosa jornada de livre-arbítrio
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Publicado em 04/04/2020

Com o aporte do talento e o carisma da atriz israelense Shira Haas, a minissérie Nada Ortodoxa (Unorthodox) apresenta uma cativante jornada de amadurecimento dentro da cultura secular judaica. A obra é baseada no registro autobiográfica Unorthodox: The Scandalous Rejection of My Hasidic Roots (na tradução livre, Não ortodoxa: a rejeição escandalosa de minhas raízes hassídicas), de Deborah Feldman.

Letícia Alassë, Cinepop

A partir do relato desse livro, a diretora Maria Schrader consegue nos inserir de forma lúcida na vivência de uma jovem criada dentro da seita hassídica Satmar, no bairro de Williamsburg, em Nova York, e o abandono de um casamento arranjado aos 19 anos.

Longe de ser uma obra contra a religião, ela é um espelho social das mulheres contemporâneas, as quais buscam o seu espaço público e o poder de mostrar a sua voz. Ou seja, o ponto central da diretora alemã Schrader é mostrar como o patriarcado e, neste caso atrelado ao dogmatismo, tem castrado durante séculos as mulheres. Desse modo, a rebeldia é a única chave para elas serem enxergadas como seres individuais assim como qualquer indivíduo do sexo masculino. 

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