divulgação
A residência "Corpo-Espinho" é gratuita e será realizada de 6 a 11 de novembro, na Escola de Teatro e Dança da UFPA (ETDUFPA), dentro da programação do !PULSA! Movimento Arte Insurgente, projeto idealizado e coordenado pela Olhares Instituto Cultural e Outra Margem, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura.
As inscrições são gratuitas e estão abertas até dia 1º de novembro, pelo site pulsa.art.br. ou pelas redes sociais.
Vindo do Piauí, o Original Bomber Crew é conhecido por utilizar a dança urbana como ferramenta de expressão e resistência, destacando-se por performances, batalhas e intervenções urbanas que discutem questões sociais e culturais. A imersão criativa que se traz a Belém é parte do processo de desenvolvimento do novo trabalho do grupo, "Flow da Caatinga".
O desejo é atrair pessoas da comunidade, que carregam consigo a essência da vida tradicional do lugar, com objetivo de abrir um espaço de diálogo e troca, onde as experiências de vida dessas pessoas se entrelacem com as expressões artísticas contemporâneas que serão exploradas.
Durante seis dias, os artistas Allexandre Bomber e Maurício Pokemon conduzirão uma exploração das relações entre o corpo e plantas com espinhos, incentivando uma perspectiva que desafia as estéticas tradicionais e resgata formas ancestrais de resistência. Aberta a toda comunidade, a residência tem vagas para até 15 pessoas, maiores de 18 anos, interessadas em explorar novas formas de expressão corporal e artística.
“Acreditamos que aqueles que vivenciaram e que conhecem profundamente a cultura e os costumes locais têm muito a ensinar e a compartilhar. Podem ser pessoas da dança ou das artes visuais, isso é bem-vindo, mas não é uma exigência. O que buscamos é a participação de todos que tenham uma história rica e uma conexão com a cultura. Estamos aqui para aprender uns com os outros e para criar algo verdadeiramente significativo juntos.”
Durante a residência "Corpo-Espinho", os participantes terão a oportunidade de se envolver em rodas de conversa, sessões de improvisação e práticas que estimulam a ressignificação dos territórios corporais e suas conexões com o ambiente. Além das atividades performáticas, haverá experimentações gráficas que culminarão na criação coletiva de um fanzine, registrando as vivências e descobertas desse processo de troca.
Grupo é referência na cultura Hip Hop
Fundado em 2005, o Original Bomber Crew se tornou uma referência na cultura hip hop no Nordeste do Brasil, atuando em frentes que vão da formação de novos artistas até criações contemporâneas. Durante sua trajetória, o Original Bomber Crew foi residente em espaços importantes como o Galpão do Dirceu e a Casa de Hip Hop do Piauí.
Atualmente, integra o CAMPO Arte Contemporânea, onde promove o encontro de diferentes linguagens artísticas e desenvolve pesquisas contemporâneas. Alguns dos trabalhos mais marcantes do grupo incluem a trilogia composta por "tReta, uma invasão performática" (2018), que será apresentado em Belém, na programação do !PULS!, além de "Suspeit_" (2020) e "VAPOR" (2021), projetos que exploram temas de vulnerabilidade e resistência na vida urbana.
Tais obras percorrem festivais e eventos culturais no Brasil e na Europa, apresentando uma dança que comunica movimentos e narra histórias de enfrentamento e sobrevivência. Em "tReta", por exemplo, o grupo traz à tona a realidade das "quebradas" e aborda os desafios do cotidiano urbano através de uma dança visceral e simbólica. Já "VAPOR" se desenvolveu como uma série de vídeos e uma performance que expande essas narrativas para novas percepções e possibilidades de presença e ocupação.
Serviço
Inscrições abertas para a residência de pesquisa artística "Corpo-Espinho”, até 01/11, pelo site pulsa.art.br e redes sociais.
O !PULSA! é idealizado e coordenado pelo Olhares Instituto Cultural e Outra Margem, com patrocínio do Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério da Cultura.
Mais informações: http://pulsa.art.br
Texto: Luciana Medeiros
