O encontro da moda surrealista e punk com a fauna amazônica
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Publicado em 28/02/2025

Editorial de Moda ‘Stygnis Amazônika’ idealizado por Rebeca Pimentel e Fernando Galvão, cria acessórios inspirados nos opiliões amazônicos da família Stygnidae, e será lançado com ensaio fotográfico e audiovisual, nesta sexta-feira, 28, na rede social Instagram e no Youtube. 

 

A coleção Stygnis Amazônika nasce da fusão entre a moda surrealista e punk, inspirada nos Opiliões da Amazônia, pequenos aracnídeos de visual intrigante e comportamento social intenso, sendo uma das poucas espécies que possuem um comportamento coletivo único: vivem em comunidade como forma de proteção. Esses seres vivem em grupos densos, conectando-se fisicamente para proteção e sobrevivência, um reflexo perfeito de um futuro onde a moda se torna armadura e símbolo de resistência.

 

A coleção também se conecta à estética do facekini - máscara facial que cobre todo o rosto, exceto olhos, nariz e boca, e é usada para proteção contra o sol e o calor -, explorando acessórios faciais que funcionam como máscaras e ampliam o conceito de proteção e identidade. Assim como essa peça icônica reconfigura o rosto e propõe novas formas de expressão, os adornos de ‘Stygnis Amazônika’ transformam o usuário em uma figura híbrida. Com espírito punk, é uma coleção para quem hackeia sua própria estética e desafia padrões. Assim como os opiliões se fortalecem pela interconexão, Stygnis Amazônika propõe um futuro onde moda e natureza convergem. 

“Mais do que peças individuais, essa coleção se veste em comunidade. Venho do figurino e maquiagem, e sempre tive vontade de criar peças e joias inspiradas em facekinis/balaclavas como forma de caracterizar o rosto além da maquiagem”, comenta Rebeca Pimentel

“O punk e o pop sempre andaram de mãos dadas com a minha visão artística. Desde o convite para participar do editorial, fiquei imaginando como contribuir essas duas culturas com um viés do que vivemos na Amazônia e sua urbanidade. O principal desafio era entender a Amazônia no aspecto urbano e por isso pensamos em acessório para a face, que facilmente podem ser adaptados para o dia a dia. A estrutura foi pensada através dos insetos da família Stygnadae, por isso o design é chapado, com assimetria e formas geométricas, que se assemelham com as pernas dos aracnídeos”, comentou Fernando Galvão.

 

No Pará, o futurismo já faz parte da cultura, das aparelhagens ao tecnomelody, trazendo essa estética bem cyberpunk. A presença de artistas amazônicos na moda futurista amplia narrativas de resistência e identidade assim como o tradicional, rompendo estereótipos que vão além do ‘folclórico’. “Depois que definimos os croquis e o conceito, decidimos usar o alumínio e pintura automotiva para trazer essa estética mais armada e cromada”, explica Rebeca.

“Minha mãe é costureira e desde sempre fui influenciado pelos tecidos, estampas e tudo que fosse ligado a esse universo. Já tive um projeto de moda com estamparia autoral inspirada nos Orixás do Tambor de Mina”, contou Fernando.

Rebeca iniciou sua trajetória na moda e já trabalhou com editoriais, desfiles, maquiagem e figurino, além de assinar direção de arte em videoclipes paraenses. Fernando Galvão é Publicitário e Produtor Cultural. Ambos compartilham o amor pela moda e figurino, influenciados principalmente pela cultura pop e drag. 

 

Canal do Youtube: Batuque - Amazônia Documental

https://www.youtube.com/watch?v=eVr5QHyleHQ

 

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