Lideranças denunciam intolerância religiosa e homofobia na Fundação ParáPaz
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Publicado em 12/11/2019

A Fundação PARÁPAZ, nova denominação da Fundação Pro Paz, cancelou um edital público, instaurado com o objetivo de selecionar organizações civis para execução de projetos de cunho sociais em sete bairros da Região Metropolitana de Belém. Ocorre que a maioria das instituições contempladas com o Edital foram as identificadas com causas em defesa das Comunidades Tradicionais de Matriz Africana e LGBT+ . E essa teria sido a razão principal do cancelamento por parte da Fundação, cuja a presidência é ocupada pela pastora evangélica Ray Tavares, que se apresenta em suas redes sociais como defensora da família tradicional. 

Segundo nota que circula pelas redes sociais por parte dos denunciantes, a superintendente da ParáPaz, que faz questão de se apresentar na sua posição de evangélica, assinou uma portaria de cancelamento do Edital, no último dia 06 de novembro, muito embora uma sindicância investigativa tenha comprovado não ter encontrado nenhum ato que pudesse macular a lisura de análise de projetos aprovados. A sindicância foi determinada na portaria nº 202/2019 após suspensão do edital por 30 dias sob suposta suspeita de beneficiamento de algumas instituições vencedoras. Para as lideranças que denunciam o caso, o cancelamento puro e simples, sem justificativa fundamentada, deixa claro a configuração de crime de racismo institucional.

Segundo as lideranças, várias instituições participaram do Edital de Chamamento 01/2019 do ParáPaz para trabalharem projetos culturais com os bairros de populações vulneráveis de Belém, Ananindeua e Marituba. Das 10 selecionadas apenas 01 era influenciada pelos evangélicos. Os cronogramas de ação e os contratos foram assinados para começarem a executar os projetos no dia 01 de setembro de 2019. Os denunciantes prometem levar o caso para a Justiça.

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