Oficina gratuita ensina práticas de acessibilidade para produções audiovisuais
Atualidades
Publicado em 21/06/2024

A Oficina de “Acessibilidade na Prática para o Audiovisual" acontece este sábado (22) no Espaço Amanda LeLibras em São Brás, a partir das 08h30, com a exibição de curtas produzidos por realizadores audiovisuais PCD e oficina ministrada por Keké Bandeira, pesquisadora sobre capacitismo e cultura.  As vagas são limitadas e gratuitas e o público alvo são realizadores audiovisuais, produtores e estudantes de cinema. 

Na semana do dia do Cinema Brasileiro, comemorado no dia 19 de Junho, o Projeto Cine Porão aproxima os realizadores audiovisuais de reflexão importantes quanto a acessibilidade dentro das produções audiovisuais, juntamente com a empresa de acessibilidade Amanda LeLibras, as produtoras da Casa Samaúma, organizaram uma oficina focada no tema para produtores audiovisuais. 

Keké Bandeira é multiartista, pessoa com deficiência, doutoranda em Sociologia (UFPA) e pesquisa acerca do capacitismo e Cultura no Pará, além disso é poeta, fotógrafa, documentarista e produtora cultural, através da oficina buscará trazer uma nova perspectiva aos produtores audiovisuais quanto a acessibilidade, não somente como uma ponte de acesso, mas também como um trampolim de criatividade para que esses corpos, também amazônidas, possam experienciar, produzir e protagonizar obras fílmicas. 

“Os realizadores audiovisuais que participaram dessa oficina podem esperar uma outra perspectiva de produzir o cinema, a oficina propõe mostrar que existem outras formas de produzir imagem, além da gente pensar como podemos acessibilizar as produções com LIBRAS, Audiodescrição e legendas e outras é também projetar a pessoa com deficiência de uma outra perspectiva de não somente consumir o que está sendo produzido, para além disso, participando também do trabalho técnico dessa produção audiovisual.” Diz Kekel Bandeira, que estará ministrando a oficina. 

A fim de expandir esse debate, em mais uma ação,  a oficina também trará a exibição de “O que o rio me falou”, dirigido por Lia Malcher, contando com a produção executiva de Keké Bandeira, conta a história da cantora e compositora Cleide Vasconcelos do Quilombo do Arapemã, que fica na margem esquerda do rio Amazonas em frente à cidade de Santarém, oeste do Pará. Cleide é uma liderança quilombola do Baixo Tapajós e a música a acompanha em seu cotidiano, tornando-se uma importante ferramenta na luta por seu território e nas relações que constrói com sua família e com o movimento social. E um dos pontos importantes é que a produção foi pensada desde a sua produção até distribuição na acessibilidade, para que o conteúdo pudesse ser acessado pelo máximo de pessoas. 

Outro curta que será exibido é "Fome de Cultura", webdocumentário de 21 min dirigido por Clarice Sena sobre a identidade cultural representada na cultura alimentar das pessoas de Monte Alegre, no estado do Pará. O projeto documenta os modos de vida das comunidades que pescam o Acari, peixe típico da região que envolve as demandas econômicas e de segurança alimentar na localidade. 

         A formação será no Espaço de Formação Amanda LeLibras que tem a proposta de ser um espaço de formação acessível para o público. Foi organizado e pensado justamente para acolher pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, pois as pautas de formação do espaço são voltadas para esse público. A empresa Amanda LeLibras tem atuado há 01 ano na cidade de Belém, oferecendo serviços de Idiomas, Tradução e Interpretação em Libras e Audiodescrição, além de realizar consultorias de acessibilidade para que espaços se tornem mais democráticos e confortáveis. 

            O Projeto apoiado pela Lei Paulo Gustavo de fomento ao cineclubismo itinerante, no edital 005/2023. É uma iniciativa conjunta da Casa Cultural Samaúma, um casarão antigo que abriga as seguintes iniciativas: Negritar Filmes e Produções, Na Cuia, Maré Cheia, Viela Norte e Beleza Negra. Cada empreendimento com seus próprios serviços: tranças, tatuagem, moda, música, cinema e comunicação popular, juntos fortalecem suas conexões na cena cultural, abrindo a casa para receber o público e vizinhos com produções culturais e com formações educativas, que estimulam o olhar para a criação de uma nova realidade cultural, econômica e identitário-amazônida de forma colaborativa e sustentável.



SERVIÇO:

 

O quê: Acessibilidade na Prática para o audiovisual

|Quando: 22 de Junho de 2024
| Horário: A partir das 08h30 até 12:30h

| Onde: Conselheiro Furtado número 3465, entre José Bonifácio e Tv. Barão de Mamoré. Próximo a igreja dos Capuchinhos

| Entrada: Gratuita  – Inscrições na hora por ordem de chegada, 25 vagas.

 

Rede Sociais 

 

Instagram: @casasamauma

 

Texto: assessoria de imprensa

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