João Gomes/ Agência Belém
O processo de construção de um carnaval sustentável em 2025, ano da COP-30 na capital paraense, está sendo planejado pela Prefeitura de Belém por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), Fundação Cultural de Belém (Fumbel) e Secretaria Municipal de Administração (Semad), junto com a coordenação do Fórum Municipal sobre Mudanças Climáticas e liga das escolas de samba de Belém - Escolas de Samba Associadas (ESA).
A ideia é fazer o carnaval ser construído ao longo desse ano em etapas que visam promover oficinas, eventos e outras atividades conjuntas, que agreguem ações e experiências das escolas de samba para a promoção de uma produção carnavalesca sustentável.
“A liga das escolas e o Fórum estão com a preocupação de gerar renda e alertar para os temas do clima. O setor cultural do samba em Belém está reunindo experiências como ações de cooperativas para reaproveitamento de materiais e de tecidos, para criar peças do carnaval. Isso fomenta o trabalho, a energia criativa pensando num futuro, despoluindo o meio ambiente, ajudando as pessoas e a cultura; promovendo a alegria e a festa em nossa cidade que é a missão do carnaval. E o Fórum vai se engajar nessa causa” afirma a coordenadora do Fórum, Marinor Brito.
Com planejamento da Semma e Sesan, a Prefeitura de Belém vai reunir experiências de movimentos de coleta seletiva e parceiros privados, para montar pontos de coleta durante o carnaval em territórios da cidade. Já a Secretaria de Administração vai atuar com a Universidade Livre da Amazônia (Ulam) oferecendo cursos de qualificação e requalificação para trabalhadores do setor e criando espaços para empreendedores do samba.
“O samba é forte em nossa cidade, mas pensando na COP-30 e nos desafios que Belém tem para enfrentar com as mudanças climáticas, criar espaços e oportunidades para esse setor é fortalecer uma cultura inclusiva e, sobretudo responsável com o meio ambiente e a vida urbana na Amazônia”, conclui Marinor Brito.
Os representantes das Escolas de Samba e a Fumbel vão alinhar o projeto, para que se torne uma ação da política cultural na cidade e, a partir de 2025, os carnavais sejam diversos e com uma temática comum de carnaval sustentável.