Considerado um exemplar da arquitetura neoclássica e dividido em duas grandes alas, o Palácio Antônio Lemos ou Palacete Azul, como também é conhecido, é considerado uma joia da arquitetura e história da cidade de Belém. O imóvel, que data de 1885, foi construído para ser a sede da Intendência de Belém e mais tarde transformado em Prefeitura Municipal.
O imponente prédio do Palácio Antônio Lemos, localizado no centro histórico da cidade, passa por obras de reforma e restauro realizadas pela Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb). Os serviços iniciaram em junho deste ano e tem como prazo de conclusão 18 meses, com investimentos de aproximadamente R$ 26 milhões.
Atualmente, as obras estão na fase de reparos das fissuras de paredes e forros, instalação do sistema contra incêndios e de refrigeração e de reforço estrutural.
“Concluímos a etapa dos serviços preliminares, onde são desenvolvidos os estudos minuciosos para desenvolvermos os serviços de restauro. Após esta conclusão de mapeamento, prospecções pictóricas e catalogação dos ambientes, estamos na remoção dos pisos, realizando todo processo de restauração e reforço nas estruturas de madeira”, explica o engenheiro civil Charles de Souza, responsável pela gerência e execução do restauro no Palácio Antônio Lemos.
Modernização – É importante destacar que, além do restauro, o prédio está sendo adaptado com itens modernos para assegurar e manter a vida útil do imóvel por vários anos. Isso inclui a instalação dos serviços de sistema e intrusão ao combate a incêndio e sonorização.
O prédio histórico terá também fonte de energia limpa, com a instalação do sistema de energia solar (painéis fotovoltaicos), que vão abastecer o prédio que terá um sistema de VRF (Fluxo de Gás Refrigerante Variável) e um sistema de ar condicionado central, do tipo Multi Split.
O fiscal da Seurb na obra, Pedro Paulo Machado, fala sobre as expectativas e cuidados da Prefeitura no empreendimento. “Esta obra tem previsão de conclusão de 18 meses, mas estamos fazendo um esforço para entregar ela antes do prazo previsto. É uma obra muito detalhada e necessita de muito cuidado, principalmente no que diz respeito ao patrimônio e restauro”.
Mabe – Além da sede da Prefeitura de Belém, o Palácio Antônio Lemos abriga as dependências do Museu de Artes de Belém (Mabe), administrado pela Fundação Cultural de Belém (Fumbel), que, atualmente, está fechado por causa das obras que também contemplam o espaço.
“A gente tem que ter um trabalho redobrado na preservação das obras do Mabe, que corresponde a um acervo de aproximadamente duas mil peças. Durante os trabalhos de reforma e restaurado essas obras foram acondicionadas em uma reserva técnica, que será o último espaço trabalhado pela obra”, detalha o chefe da Divisão de Conservação e Restauro do Mabe, Márcio Figueiredo.
O diretor do Mabe, Emanuel de Oliveira Júnior, informa que durante a reforma do museu os servidores do local fazem os trabalhos de reorganização interna e de inventário do acervo do museu.
“O que as pessoas podem esperar deste museu são mais ações voltadas para o público, mas ações voltadas para pessoas que nunca estiveram num museu, já que uma das intenções da atual gestão é acolher pessoas que nunca tiveram acesso a esses espaços”, adianta o diretor do Mabe.
Texto: Fabricio Lopes, via Agência Belém.