Pai d'égua Podcast discute as potencialidades e dificuldades do cenário cultural paraense
30/07/2022 12:18 em Novidades

Fotos: Assessoria de comunicação Marinor Brito

 

O oitavo episódio do “Paid’égua Podcst”, programa de entrevistas conduzido pela deputada Marinor Brito (PSOL), recebeu o historiador e atual presidente da Fundação Cultural do Município de Belém, a Fumbel, e o jornalista Tito Barato, filho do lendário compositor e poeta paraense Ruy Barata.

 

Desta vez, a conversa girou em torno da diversidade da cultura paraense e discussões acerca de como trazer melhorias para o setor. Foi Tito quem introduziu um questionamento sobre as dificuldades que muitos artistas têm em cumprir com as exigências dos editais culturais, ao que Marinor, que é presidente da comissão de cultura da Assembleia Legislativa Paraense e Michel responderam que têm discutido bastante sobre como diminuir as burocracias para os trabalhadores da cultura.

 

“A gente tem feito das tripas coração pra ajudar na orientação destas pessoas (os trabalhadores da cultura), pra criar caminhos mais curtos, para facilitar a vida dos artistas”, disse Marinor, enquanto Michel disse que a própria lei dificulta a inscrição dos fazedores de cultura nos editais: “O Mestre (de cultura popular) precisa me dar a certidão negativa da Receita Federal, certidão negativa da Sefa e a certidão negativa da Sefin. (…) E se ele não tiver pago um ano de IPTU, eu não posso contrata-lo, o que é um absurdo. Então eu acho que a gente precisa de alguém lá na Câmara Federal pra gente rever essas situações”, disse ele.

 

Quando o historiador falou com sobre a experiência de organizar o Arraial da Nossa Gente, programação junina da Prefeitura de Belém promovido pela Fumbel, ele enfatizou, emocionado, o sucesso do evento: “Quando eu vi aquela multidão, eu senti um frio na barriga. (…) A gente alcançou facilmente quase 200 mil pessoas”.

 

O jornalista então contou sobre uma experiência que teve com registros de pássaros juninos: “A dez/ doze anos atrás eu chamei todos os guardiões de pássaros (juninos) e disse ‘po’, essas músicas aí vocês vão perder, se o cara morrer eles não sabem (as músicas). Aí elas (as cantoras) solfejaram, eu chamei uns músicos pra tirar as músicas, fazer as partituras, e chamei os cantores locais que estavam fazendo sucesso e coloquei eles dentro do estúdio pra gravar as músicas. Eles (os integrantes dos pássaros) ficaram felizes”.

 

Assista aqui o episódio na íntegra.

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