Rio do tempo” é o novo single da cantora e compositora paraense Ju Abe, disponível nas plataformas musicais. O novo trabalho da artista leva a assinatura do músico e produtor paulistano Pipo Pegoraro. Confira AQUI
Rio do tempo é uma canção do gênero “Nova MPB” que flerta com a estética do eletropop, trazendo também elementos de World Music amazônica, Trip hop e Techno.
A letra é uma ode ao tempo enquanto condutor da mudança, o tempo que tudo conserta, que traz esperança, berço da dor e da alegria e que carrega em si a possibilidade do novo: “Mas o rio do tempo que vai e que vém / é a esperança no peito de homens, mulheres que têm/ sofrimentos marcados pra voltar again and again”.
A compositora inclusive fez menção a versos de Aldir Blanc ao escrever “a esperança solitária/ equilibrando-se na corda/ nas voltas dessa mágoa”, em menção ao hit “o bêbado e a equilibrista”, sem saber que a canção seria lançada no mesmo mês em que o grande músico partiria.
"Estou feliz de poder contribuir de alguma maneira pra saúde mental do planeta. Acredito que com tanto sofrimento, as pessoas tornaram-se mais sensíveis e mais próximas da arte, por isso estou otimista em relação à repercussão do novo trabalho”, conta Ju Abe.
A cantora paraense fala também da importância da música, e como pode ajudar as pessoas nesse atual momento de distanciamento social. “Acho que a quarentena tem deixado espaço pras pessoas olharem mais pra dentro de si, e essa loucura toda obriga-nos também a conectar com sentimentos internos, em busca de força. A música entra como um ponte mais rápida nesse encontro com o interior, por isso ela é importante não somente no sentido terapêutico, mas também no sentido de inspirar novos caminhos num momento em que todos precisam repensar paradigmas dominantes”, explica Ju.
O novo single da cantora é o primeiro depois de dois anos do lançamento de seu primeiro disco - “Ju Abe” – o qual foi baseado em uma pesquisa de ritmos regionais amazônicos. A faixa também conta com a participação do percussionista belenense Kleber Benigno (Trio Manari), o qual contribuiu com inserção de instrumentos regionais, e ainda, o clarone de Zafe Costa (SP), mixagem do também indicado ao Grammy Vitor Rice e masterização do nova yorkino Phill Moffa. Para gerar o produto, a artista reuniu gravações em dois estúdios de Belém e um de São Paulo.
Assessoria de Comunicação
Foto: Samira Rodrigues
Arte: Nicolau Saraty
Rio do Tempo, para tocar:
(G#m7/ C#m7/ Dm#7/ E)
Seguia ela em sua espera
Não era tanto além do que aquela
Que da vida traz feridas não cicatrizadas
(G#m7/ C#m7/ Dm#7/ E)
Momentos no vento, chegando e partindo
Nem sempre chegam prontos como um sonho
Vindo num cavalo alado voando pelos altos
(G#m7/ C#m7/ Dm#7/ E)
Pra dor o mundo não liga, sequer o tempo sara
De ter a esperança solitária equilibrando-se na corda
Nas voltas dessa mágoa
(C#m/ A/ G#/ B/ A)
Mas o rio do tempo que vai e que vém
É a esperança no peito de homens, mulheres que têm
Sofrimentos marcados pra voltar again and again (bis)
Foto: Samira Rodrigues
Arte: Nicolau Saraty