Ameaças ao “Facada Fest” precisam ser denunciadas
Música
Publicado em 18/06/2019

“Quem não gosta do rock, bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé.” E bem a propósito, começamos esse texto parodiando o clássico do mestre Dorival Caymmi, Samba da Minha Terra (1957), para externar preocupações com aqueles que tentam, através de ameças e censura, inibir e criminalizar o pensamento crítico, bem definido pelo tom beligerante desferido pelo delegado e deputado paraense, Eder Mauro (PSD), aos organizadores da III edição do Facada Fest, evento musical dedicado a promover a cena roqueira na capital paraense, que será realizado no dia 6 de julho, no Mercado de São Brás, em Belém.

Pelas redes sociais, o delegado compartilhou o cartaz do Festival, classificando os organizadores como “turma da lacrosfera teen rock in roll” e sentenciando: “já está marcado no calendário da polícia”. De qual polícia o delegado está falando?

Como o seguro morreu de velho, é mais que necessário que os organizadores do evento denunciem as ameaças e solicitem formalmente ao Governo do Estado e aos órgãos de justiça providências contra o descalabro. Por fim, em tempos de chacinas nas periferias de Belém e do Brasil, de ataques às liberdades democráticas, manifestar apoio à terceira edição do Festival é uma obrigação para quem escolheu caminhar ao lado da democracia.

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