“Neste primeiro EP solo, Antonio andou por aí. Foi longe, atravessou fronteiras e tateou limites. Do rock experimental aos flertes com o jazz e o lírico do Velho Mundo, passeou, trovou, dançou e mudou.
Mesmo após tanto escambo, a latinidade caboclo-caribenha segue correndo nas veias. Os arranjos, tão delicados quanto cortantes, também. A poética pessoal, surreal e intransferível, idem. Antonio manteve todos. E o que realmente se faz notar em Gito é como tudo, quando junto, soa novo e universal.
Nesta nova fase, o artista soa como uma pausa e um respiro que constata: não importa o quão longe se vá, estamos sempre a um único passo de distância dos nossos limites. Mesmo que esse passo seja do tamanho do mundo.” - Sérgio Bernardelli (publicitário)
Sobre o artista:
Antonio Novaes nasceu em Belém do Pará, onde iniciou seus estudos musicais – graduando-se em música pela Universidade Federal do Pará – e sua carreira artística, integrando, por 11 anos, a banda A Euterpia.
Como músico e letrista, ele buscou desde sempre fundir elementos sonoros e poéticos - que, a princípio, podem soar contrastantes, mas acabam fazendo muito sentido para alguém criado num lugar onde a cidade alcança a floresta e a vida selvagem faz fronteira com a urbanização desmedida.
A essas experiências iniciais, Antonio buscou agregar novas nuances. Com a maturidade, vieram a linguagem do jazz e das artes cênicas, além de outras mudanças. De Belém, foi para São Paulo, onde iniciou carreira solo. Migrou do violão para o piano e teclados e acrescentou timbres eletrônicos ao seu trabalho. Algum tempo depois, mudou-se para Milão e lá viveu por dois anos, o que lhe trouxe uma definitiva influência da música tradicional italiana.
Hoje, de volta a São Paulo e prestes a lançar o primeiro trabalho solo, o EP Gito, o músico revela ao público o resultado de suas andanças, poesia e trajetória – com alma brasileira, certamente, mas, sobretudo, como homem do mundo.
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