Com uma mistura de diversos ritmos regionais, a cantora Ju Abe lança seu primeiro álbum nas plataformas digitais. O trabalho contém dez composições autorais de Ju, e está disponível em streaming desde o dia 16 de março.
A cantora belenense Ju Abe precisou de mais de 13 anos de caminhada pra dar forma ao próprio estilo, para decidir o que queria mostrar ao público. Porém, desde o início, sabia que queria compor. Fez sua primeira canção por volta dos 19 anos. Desde então, não parou, mas sempre queria fazer canções novas, e assim fez no seu primeiro álbum “Ju Abe”, lançado nas plataformas digitais pelo selo Na Music, no último dia 16 de março, o qual reúne sete canções criadas especificamente para o álbum, e duas selecionadas das velhas composições. A artista assina todas as composições do disco.
A cantora começou dividindo palco com seu pai, o músico paraense Rafael Lima. Aprendeu a tocar violão aos 14 anos e ouvia muito rock nacional e internacional, MPB e reggae. Foi fã de Chico Buarque a Bob Marley, “devorou” discos de Legião a Chico Braga. Sempre determinada a desenvolver o projeto autoral, Ju se impressionou com o salto da música paraense dentro do cenário brasileiro nos últimos anos, o que a motivou à ação.
As composições presentes no álbum são fruto de uma reflexão sobre os ritmos amazônicos. Nestes, há a pureza do ser humano em sintonia com a pulsação frenética da natureza que faz a música transbordar de si. Juçara procurou incrementar sua composição com esses elementos a fim de gerar uma sonoridade dançante, unindo à este formato a busca pela melodia que não fosse alusiva a outras já existentes, nuances que trouxessem o novo em notas musicais. A reunião de tais elementos foi conseguida mediante processo delicado, de percepção e construção ora espontâneas, ora mais elaboradas. As letras falam da caminhada em busca de algo que está “além”, da solidão e dos tropeços, relacionamentos mal sucedidos, empoderamento feminino, sonhos, amor, aprendizados. Paisagens urbanas unem-se à sonoridade eletrônica dos samples e sinties evocando a cultura sintética. A região amazônica no protagonismo rítmico revela a atmosfera híbrida da arte que se posiciona no tempo e no espaço, puxando a identidade nortista pra dentro do seu lugar no universo da chamada cultura contemporânea.
https://youtu.be/z6UGaaqEsvs
*com informações da assessoria
Foto: Janduari Simões