Fotos: Coordenadoria da Mulher/ PMB
“O Ver-O-Peso respirando moda”. Esse foi tema de um desfile realizado no estacionamento do Mercado do Ver-o-peso. A programação foi promomovida pela Prefeitura de Belém, por meio da Coordenadoria da Mulher de Belém (Combel), e contou com várias parcerias, entre elas a Faculdade Estácio FAP e a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe).
Moda acessível e inclusiva
A missão do desfile, promovido na útima quinta-feira, 12, dia do aniversário deBelém, foi levar uma moda mais acessível e inclusiva à população local, com vários elementos da Amazônia.
A professora e estilista Alcimara Braga, responsável pela coleção, disse que o desfile foi importante para a população, que, além de conhecer suas coleções únicas, pôde vivenciar esse grande momento na maior feira ao ar livre da América Latina.
As coleções apresentadas foram “Fibra da Terra”, “Metamorfose”, “Criando histórias em retalhos” e “Folêgo Amazônico”. Algumas peças apresentadas são únicas e foram produzidas no Centro de Reeducação Feminino (CRF) da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio de um projeto de moda e figurino. Algumas mulheres em ressocialização participaram do desfile como modelos.
Valorização
Para a professora Alcimara Braga, a moda precisa dessa visibilidade, pois a cultura Amazônica, segundo ela, é extremamente rica e necessita ser valorizada.
A estilista afirma ainda que a moda precisa de um norte e não somente de direção. “A nossa culinária já tem destaque nacional, mas em termos de moda nós somos invisíveis nacionalmente. Então, esses eventos fazem com que a nossa moda paraense seja reconhecida e valorizada”, afirmou a professora.
A coordenadora da Combel, Lívia Noronha, afirmou que essa parceria foi de grande ganho, pois, além da visibilidade das peças e modelos, trata-se de uma política para as mulheres. "Pois, a moda é um ato político", disse.
“A Coostafe é uma cooperativa de mulheres em privação de liberdade, então moda é política também porque a gente vê que, mesmo elas privadas de liberdade, são mulheres que produzem cultura, produzem moda e que têm uma profissão, saindo dessa condição social e contribuindo para o fomento da cultura local”, finalizou Lívia Noronha.