Urbanidade e democratização da cultura marcam os dois anos de gestão municipal
Atualidades
Publicado em 08/12/2022

Primeira Bienal de Artes de Belém levou cultura e arte para todos os cantos da cidade (Fotos: Ascom/ Fumbel/PMB)

Cuidar da arte e do patrimônio histórico de um município é cuidar da identidade, da memória com a finalidade de preservar a cultura deste lugar. Em dois anos de gestão, a Fundação Cultural de Belém (Fumbel) busca descentralizar e democratizar o acesso à arte e cultura no município de Belém, a fim de preservar a história da capital paraense e, ao mesmo tempo, promove a divulgação da cultura de rua e urbanidade, o que propicia uma maior aproximação com os fazedores e fazedoras de cultura da cidade e a população em geral.

Biblioteca Pública Municipal Avertano Rocha – Localizada no distrito de Icoaraci, a Biblioteca Municipal tem um papel de grande importância na descentralização do acesso à Cultura e incentivo à leitura com diversos projetos que abrangem principalmente o público infanto-juvenil.

Atualmente são desenvolvidas várias ações de fomento à cultura, como teatro, dança, além dos projetos: Na Conversa do Escritor, que consiste em um encontro de um autor com os leitores, em busca de uma aproximação entre escritores e leitores intercalada com música.

O Cine Chalé são sessões de filmes gratuitos com produções oriundas de obras literárias. Também há o projeto Pauta e Portas Abertas, com apresentação de espetáculos culturais, em todas as linguagens artísticas realizadas nos ambientes da Biblioteca com acesso gratuito.

O Iniciartes é realização de oficinas e cursos nas diversas linguagens artísticas voltadas, principalmente para o público infantil e juvenil, com o objetivo de despertar a criatividade, imaginação e o censo artístico. O projeto Contação de Histórias destaca a literatura oral paraense e os clássicos da literatura.

Edital cultural

Por meio da Biblioteca Avertano Rocha a Fumbel lançou tambémo Edital do Concurso Literário Bruno de Menezes, que objetiva selecionar duas obras inéditas de autores paraenses, nos gêneros poesia e literatura infantil. As obras serão avaliadas por um júri técnico e os vencedores ganharão a edição e a publicação de 1 mil exemplares de seus livros.

O presidente da Fumbel, Michel Pinho, explica que o Prêmio fundamental para a produção literária local. “O edital é o mecanismo que vai produzir o livro que vai circular nas bibliotecas e nas mãos das pessoas que gostam de ler. Isso é um ato inédito e muito importante para o município de Belém”.

Museu Bolonha

A Fumbel acredita na preservação do patrimônio histórico não só como edificações, mas também como propagadores de cultura, nesse quesito, o Palacete Francisco Bolonha além de ter o peso histórico para a cidade em sua arquitetura e imponência, também promove vários eventos culturais, através de parcerias com entidades e população no geral.

O museu faz parte do projeto de educação patrimonial Rota dos Palacetes, onde os visitantes conhecem os principais palacetes históricos de Belém e aprendem sobre o desenvolvimento histórico do bairro de Nazaré.

A Fumbel em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura promoveu também programação alusiva à semana da Belle Époque nos palacetes Bolonha e Faciola, com o objetivo maior de promover a Cultura através do patrimônio.

Um dos objetivos desta gestão é firmar oficialmente o Palacete Bolonha como Museu. Durante o último ano este objetivo ficou ainda mais próximo, a partir da aquisição de mobília histórica e realização de tipografia do espaço, nunca antes realizada.

Avenida Cultural

Música, dança, esporte, lazer e empreendedorismo. Isso tudo marcou o projeto Avenida Cultural, que ocupou uma das principais vias da cidade, a avenida Presidente Vargas, no bairro Campina. A segunda edição ocorreu durante toda a manhã do dia 28 de agosto.

O projeto visa levar o acesso à cultura e lazer, de maneira gratuita, para a população de vários bairros de Belém, a cada dois meses. Milhares de pessoas estiveram presentes no evento que contou com apresentações artísticas, feira cultural, apresentação da banda da Guarda Municipal e espaço livre para recreação.

“Se temos compromisso com uma Belém mais feliz, temos que ter uma política cultural, no sentido amplo, com arte, esporte, lazer, música, dança e artesanato, para que Belém seja uma cidade que garanta o direito pleno à cidadania”, comentou o prefeito Edmilson Rodrigues, que participou de todas as programações do evento.

A cultura como patrimônio popular

A atual gestão acredita que fomentar a cultura e a arte da cidade é preservar a sua identidade, assim como a de manter viva suas memórias e tradições. Em dois anos de gestão, a Fumbel desenvolveu e realizou de forma pioneira a I Bienal de Artes de Belém, que ofertou um leque de programações abertas ao público e dispostas ao mesmo tempo em 28 espaços do município de Belém e seus distritos.

A programação da I Bienal de Artes de Belém, norteada pelo tema “afirmação de direitos”, contou com uma cartografia de arte e cultura que incentivou e viabilizou a democratização de acesso das mais diversas manifestações culturais e artísticas locais.

O evento promovido pela Prefeitura de Belém, por meio da Fumbel, teve suas atividades oficialmente iniciadas no período do dia 20 a 25 de setembro e foi todo dedicado ao público local e veio acender a chama da cultura, da arte, dos artistas locais e nacionais, da visibilidade LGBTQI+ e todo o leque de diversidade religiosa, social e cultural da população paraense.

Márcio Monteiro, técnico portuário, que compareceu à programação da Bienal destaca o incentivo que a gestão municipal vem dando à cultura. “O fato de ver que Belém hoje ressuscitou a cultura é fantástico. Há muito tempo nós estávamos sem eventos culturais, sem investimentos na cultura e nesses últimos meses há vários eventos na cidade, então é maravilhoso saber que Belém está respirando cultura de novo”.

IV Festival de Música Brasileira – O festival abriu e integrou as programações da Bienal de Artes, no dia 15 de setembro. Esse ano teve como homenageado o artista Paulo André Barata e foi sediado na Aldeia Cabana. O evento envolveu o público com muito ritmo, canto e toda a pluralidade e riqueza que compõem o repertório regional.

Círio de volta às ruas – O primeiro Círio de Nazaré, após a pandemia, voltou às ruas da capital paraense com um show de cores e sabores. A Fundação Cultural de Belém participou nas procissões do Círio e Trasladação com apresentação do Coral Metropolitano de Belém e participação especial do Mestre Pinduca.

A cidade também ferveu com o tradicional Auto do Círio com o cortejo pela Cidade Velha e o retorno da Festa da Chiquita, que homenageia a diversidade.

“A Fumbel realizou uma série de ações nos últimos dois anos no sentido, não só de democratizar o acesso à cultura e à formação do patrimônio histórico e a cultura popular do município de Belém, como também realizar atos que pudessem dar visibilidade para os produtores e artistas da cidade” ressalta Michel Pinho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Texto: Lorena do Couto, via Agência Belém

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