CINEMA DO NORTE DO BRASIL TERÁ PRESENÇA RECORDE NO FESTIVAL DE GRAMADO 2022
Atualidades
Publicado em 09/07/2022

 

Texto Caio Pimenta

Fonte: Cineset

A Região Norte do Brasil terá a maior presença da história no Festival de Gramado, justo na edição que celebra 50 anos do evento mais tradicional do cinema brasileiro. Serão quatro produções vindas de três diferentes Estados em duas mostras competitivas diferentes. Do Acre, “Noites Alienígenas” participa da disputa entre os longas-metragens, enquanto os paraenses “Benzedeira” e “Socorro”* e o amapaense “Solitude” concorrem entre os curtas.

Para dar uma dimensão do passo conquistado pela Região Norte do Brasil em Gramado, vale voltar na década passada: entre as edições de 2012 a 2019, nenhum filme dos sete Estados da região foram selecionados para as mostras competitivas do festival.

Em 2020, o amazonense “O Barco e o Rio”, de Bernardo Ale Abinader, não apenas quebrou este hiato como trouxe para Manaus cinco Kikitos na categoria de curtas-metragens nacionais – Melhor Filme do Júri Oficial e Popular, Direção, Direção de Fotografia com Valentina Ricardo e Direção de Arte com Francisco Ricardo. No ano passado, a animação também do Amazonas, “Stone Heart”, de Humberto Rodrigues, disputou a mesma competição.

Antes disso, o saudoso artista plástico amazonense Óscar Ramos vencera um Kikito de Direção de Arte em 1990 com o filme “O Escorpião Escarlate”, de Ivan Cardoso, enquanto o curta paraense “Ribeirinhos do Asfalto” conquistou dois prêmios no Festival de Gramado 2011: Melhor Atriz para Dira Paes e Melhor Direção de Arte para o cenógrafo Ruy Santa Helena.

O Festival de Gramado 2022 será realizado entre 12 e 20 de agosto.

CONHEÇA OS FILMES DO NORTE EM 2022

 

Filme: Noites Alienígenas (Acre)

Disputa o Prêmio de Longa-Metragem Brasileiro

Direção: Sérgio de Carvalho

Elenco: Gabriel knoxx, Adanilo, Gleici Damasceno, Chico Diaz

Sinopse: Aborda a periferia da Amazônia urbana, as fronteiras entre cidade e floresta. A partir do realismo mágico, aborda o impacto da chegada das facções criminosas do sudeste do Brasil para a Amazônia. O filme fala de resistência, esperança e juventude.

 

Filme: Benzedeira (Pará)

Disputa o Prêmio de Curta-Metragem Brasileiro – Exibido no Festival Olhar do Norte 2022 em Manaus

Direção: Pedro Olaia e San Marcelo

Sinopse: O curta imerge no universo da benzedeira Maria do Bairro que escolheu o silêncio para dividir a sabedoria que lhe foi confiada. Manoel Amorim, conhecido como Maria do Bairro, a bicha preta conhecedora de ervas e benzedor, se dedica à cura do corpo e da alma de quem a procura.

 

Filme: Solitude (Amapá)

Disputa o Prêmio de Curta-Metragem Brasileiro

Direção: Tami Martins e Aron Miranda

Elenco: Arnon Vicente, Arthur Delgado, Gizandro Santos, Joyce Nagamura

Sinopse: Na Amazônia, Sol encara a solidão e carência depois do término de uma relação abusiva, enquanto que no Deserto do Atacama uma Sombra busca independência porém começa a desaparecer lentamente.

 

Filme: Socorro (Pará)*

Disputa o Prêmio de Curta-Metragem Brasileiro

Direção: Susanna Lira

Sinopse: Um grito de socorro da líder comunitária Socorro do Burajuba, do município de Barcarena, no Pará, considerado como uma “zona de sacrifício” ambiental e social.

* a diretora Susanna Lira nasceu no Rio de Janeiro; curta foi gravado no Pará.

CONFIRA A LISTA COMPLETA DOS SELECIONADOS AO FESTIVAL DE GRAMADO 2022:

LONGAS BRASILEIROS

Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho (Acre)

Tinnitus, de Gregório Graziosi (São Paulo)

O Clube dos Anjos, de Angelo Defanti (Rio de Janeiro)

A Mãe, de Cristiano Burlan (São Paulo)

A Porta ao Lado, de Julia Rezende (Rio de Janeiro)

Marte Um, de Gabriel Martins (Minas Gerais)

LONGAS ESTRANGEIROS

9, de Martín Barrenechea e Nicolás Branca (Argentina e Uruguai)

La Pampa, de Dorian Fernández Moris (Chile, Peru e Espanha)

Cuando Oscurece, de Néstor Mazzini (Argentina e Uruguai)

O Último Animal, de Leonel Vieira (Brasil e Portugal)

El Camino de Sol, de Claudia Sainte-Luce (México)

La Boda de Rosa, de Iciar Bollain (Espanha e França)

Inmersión, de Nicolas Postiglione (Chile e México)

LONGAS GAÚCHOS

Campo Grande é o Céu, de Bruna Giuliatti, Jhonatan Gomes e Sérgio Guidoux (Mostardas)

Dog Never Raised – Cachorro Inédito, Bruno de Oliveira (Porto Alegre e São Leopoldo)

5 Casas, de Bruno Gularte Barreto (São Pedrito)

Casa Vazia, de Giovani Borba (Santana do Livramento e Rivera)

Despedida, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes (Pelotas, Porto Alegre e Viamão)

CURTAS NACIONAIS

O Elemento Tinta, de Luiz Maudonnet e Iuri Salles (São Paulo)

O Pato, de Antônio Galdino (Paraíba)

Solitude, de Tami Martins e Aron Miranda (Amapá)

Um Tempo Para Mim, de Paola Mallmann (Rio Grande do Sul)

Imã de Geladeira, de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo (Sergipe)

Último Domingo, de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão (Rio de Janeiro)

Tekoha, de Carlos Adriano (São Paulo)

O Fim da Imagem, de Gil Baroni (Paraná)

Serrão, de Marcelo Lin (Minas Gerais)

Deus Não Deixa, de Marçal Viana (Rio de Janeiro)

Mas Eu Não Sou Ninguém, de Daniel Eduardo e Gabriel Duarte (São Paulo)

Benzedeira, de Pedro Olaia e San Marcelo (Pará)

Fantasma Neon, de Leonardo Martinelli (Rio de Janeiro)

Socorro, de Susanna Lira (Pará)

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