A Prefeitura de Belém, por meio do Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube), da Secretaria Municipal de Educação (Semec), realizou nesta segunda-feira, 25, o projeto Leitura em Movimento, em alusão ao Dia Mundial do Livro, comemorado no dia 23 de abril. O evento foi realizado no salão Paulo Freire, na sede da Semec, localizada na avenida Governador José Malcher.
A programação cultural contou com a exposição de livros de autores paraenses, apresentação literomusicais, como a contação da história Curupira: O Defensor da Floresta, o espetáculo ”Um Livro” e também bate-papo sobre literatura e diversos temas que envolvem o vasto universo da leitura.
A programação cultural contou com a exposição de livros de autores paraenses, apresentação literomusicais, o espetáculo ”Um Livro” e também bate-papo sobre literatura e diversos temas que envolvem o vasto universo da leitura
Autores paraenses – A professora e escritora Bella Pinto de Souza, que faz parte do Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie) Gabriel Lima Mendes, foi uma das educadoras que participaram da exposição de livro de autores paraenses. Ela trouxe o livro de própria autoria, Amazônia Patrimônio Nosso de Cada Dia, que relata a história de um professor que vem estudar na capital e depois regressa para a cidade do interior onde ele residia.
”É a história de um professor, que tem muito a ver com a rede, com os colegas e, a partir disso, se desenvolve um enredo interessante, que fala dos ribeirinhos, que fala das pessoas que vêm para capital estudar e depois retorno para sua cidade natal”, detalhou a educadora.
Para o professor e poeta Antônio Juraci Siqueira, técnico de referência do Sistema Municipal de Bibliotecas (Sismube), o evento dá visibilidade para servidores que também são autores e trazem suas obras para exposição. Ele destaca, em especial, a 2ª edição de sua obra A Boneca Encantada, voltada para o público infantil.
Boneca Encantanda – ”Toda a história que é narrada no livro, apesar de ser um reino distante, é Belém. O livro conta a história de uma menina que adorava brinquedos e gostava de dividir com as crianças. Um dia, o rei organizou uma caravana, para levar a cultura ao reino. Na primeira aldeia, a menina havia sumido, ao procura-la, estava dentro do baú, de onde soltou para fora. Desde então, ela era atração. Na última cidade, ao abrir o baú, ela não se mexia, e ao tentar reanima-la, ela se transformou em uma boneca”, detalhou o professor.
Naldo Barros, professor-cego, que atua no Centro de Referência em Inclusão Educacional (Crie), assessorando alunos com deficiência visual, matriclados na rede municipal de educação, ressalta a importância da sua inclusão no evento.
”Fiquei muito feliz com a inclusão, no decorrer da programação, fizeram suas autodescrição e todos tentaram incluir, de alguma forma, mostrando desenhos, o que estava sendo realizado no momento e pós evento. Isso é maravilhoso para a criança cega. Porque a pessoa que nasce sem deficiência, a principal natureza é a curiosidade, é o tocar, não apenas o olhar. Mas como é o encontro com uma pessoa cega? É tocar sem ter um estimulo visual, que é a descrição. Hoje, no evento, tivemos isso. Foi muito importante esse evento para a leitura inclusiva, para todos os alunos atendidos na rede municipal”, ressalta o professor.
Sismube – O sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube) atende 83 bibliotecas do município, conta com o projeto itinerante Baú das Histórias e com um acervo de mais de mil livros da literatura infantil. Em 2011, o Sismube lançou o Edital nº 001/2021, com o tema Biblioteca Viva: entrelaçando Literatura, Culturas e Diversidades, para orientar as ações de bibliotecas e professores mediadores de leitura da rede municipal de ensino.