CARNAVAL CANCELADO EM BELÉM: UMA AMEAÇA À CULTURA POPULAR E À ATIVIDADE ECONÔMICA
12/01/2017 09:57 em Música

Ignorando as organizações carnavalescas, os milhares de brincantes e toda a atividade econômica que envolve a preparação e a realização do carnaval, o prefeito cassado de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), resolveu desferir um duro golpe contra umas das mais importantes e tradicionais manifestações culturais da cidade, cancelando o desfile oficial das escolas e desidratando as festas populares que ocorrem nos bairros durante o carnaval.

Avesso e insensível, o atual prefeito, não levou em consideração o planejamento das Escolas, que fizeram grandes investimentos, com seus recursos arrecadados durante o ano inteiro, através de seus milhares de brincantes e simpatizantes.

Não levou em consideração que a atividade econômica durante os dias de Carnaval e nos meses que antecedem o evento beneficia o setor chamado de “economia criativa” - sem contar o recolhimento de impostos sobre o consumo da época e a contratação de milhares de empregos, muitos deles bem antes dos dias de folia. As festas espalhadas pela cidade também geram milhares de empregos temporários e envolve diferentes setores da economia. Desde costureiras, aderecistas e marceneiros, o trabalho temporário também engloba outras, como de vendedor, recepcionista, atendente, garçom, auxiliar de serviços gerais, motorista, entre outros. O Carnaval influencia a atividade industrial e também as atividades paralelas que se beneficiam com os efeitos indiretos da festa, como o setor de comidas e bebidas, turismo e o mercado fonográfico.

A decisão de cancelamento do carnaval em Belém, sob o argumento de que irá economizar recursos do munícipio, é falso e demagógico. A rigor, a decisão acarretará enormes prejuízos para a economia local.  Se realmente quisesse economizar, o prefeito poderia começar pelo seu gabinete, cuja a gastança no orçamento de 2016 consumiu cerca de R$ 16,5 milhões.

Cassado duas vezes durante o período eleitoral e conhecido por torrar verbas públicas sem que obras apareçam, os recursos destinados ao carnaval também sumiram. Esse é o fato. Arrume outra desculpa, prefeito!

 

Equipe Rádio Iara

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