Obra de Vicente Salles que retrata a história da música no Pará é lançada em Belém
14/12/2023 09:17 em Música

Viúva de Vicente Salles e o prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues 

Escritores, professores, artistas e admiradores da música paraense participaram do lançamento dos volumes  I e II  do livro "A Música e o Tempo no Grão-Pará", uma obra do escritor por Vicente Salles, organizada pela viúva Marena Salles com publicação da editora Paka-Tatu. O lançamento da obra, que retrata a história música no Pará,  ocorreu no início noite desta segunda-feira, 11, no Palacete Faciola, local que resguarda a história da música paraense.

Celebração - O prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues, avaliou o momento como uma celebração do registro da história que reúne a maior pesquisa musicológica. "Esse momento aqui é de grande emoção", disse o prefeito Edmilson, responsável por viabilizar a publicação da obra por meio de emenda parlamentar, quando exerceu mandato de deputado na Câmara Federal, até 2020.

"É o maior registro histórico da música em nosso estado", disse emocionada, a professora de violino e viúva do escritor Vicente Salles, Marena Salles.

Os volumes I e II, lançados nesta segunda-feira têm prefácios produzidos, respectivamente, pelo escritor e poeta João de Jesus Paes Loureiro e pelo professor e maestro Jonas Arraes.

Vicente Salles foi um dos maiores pesquisadores da cultura paraense. No final da década de 1950 ousou a pesquisar a cultura dos negros na Amazônia, que deu origem a sua mais conhecida obra: O negro no Pará sob o regime da escravidão, escrita na década seguinte à pesquisa, mas só publicada em 1971, em parceria entre a Universidade Federal do Pará e a Fundação Getúlio Vargas.

Vicente Juarimbu Salles - Nasceu em 27 de novembro de 1931, na Vila do Caripi, município de Igarapé-açu, no nordeste do Pará. Em 2010, Vicente Salles recebeu o título de "Doutor Honoris Causa" da Universidade Federal do Pará (UFPA), em reconhecimento à contribuição e preservação da memória cultural e intelectual do Pará e da Amazônia.  Ele foi historiador, antropólogo e folclorista paraense, considerado um dos mais importantes intelectuais do século XX, da Amazônia e do Brasil. Salles faleceu em 7 de março de 2013, no Rio de Janeiro e deixou um legado de 26 livros publicados, além de 51 livretos artesanais de pequena tiragem.

Texto: Joyce Assunção, via Agência Belém
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