Amazônia no Rock in Rio: Nave decola com encontros inéditos e várias vertentes da música amazônida
Música
Publicado em 28/08/2022

 

Com informações de: G1 Pará, Tracklist, Radio Rock e Natura

Edição: Rebecca Braga

  

Do brega, eletrônica, música indígena, ao rap urbano. O Rock In Rio terá um espaço dedicado a artistas da Amazônia. Uma estrutura em forma de "barco aparelhagem" vai proporcionar uma experiência imersiva envolvendo arte, música, vídeo, performance, e até cheiros, da cultura nortista durante o festival.

 

Em 2022, a NAVE ocupa a Arena 3 durante os 7 dias do Rock in Rio, iniciando às 14h30 com sessões que combinam experiências audiovisuais, momentos musicais e performance. Durante a programação, nas exibições que acontecem às 16h30, haverá encontros especiais e inéditos entre artistas e o público que, a cada dia, assistirá uma apresentação musical inédita no espaço. Os shows presenciais acontecerão nos dias 2, 3, 4, 10 e 11 e os shows virtuais, com conteúdo audiovisual que será projetado na arena olímpica, nos dias 8 e 9 de setembro.

 

Os idealizadores do projeto entendem que a experiência é uma forma de trazer uma maior projeção para a cultura do local, e não “dar voz”: “A Amazônia não é muda. Ela é vibrante, ela é colorida, ela é cheia de gente […] e talvez o nosso melhor papel seja sair do meio do caminho e dar todo o acesso que a gente tem – à mídia, aos palcos, e toda a potência do Rock in Rio – para deixar a Amazônia falar em primeira pessoa”, diz Denise Chaer, criadora do projeto NAVE. A atração do festival tem direção artística de Roberta Carvalho, direção musical de Aíla e argumento da Acreana Karla Martins.

 

 

 

Foto: Divulgação

Composta totalmente por nomes da Amazônia, a NAVE apresenta artistas expoentes e consagrados da região como Fafá de Belém, Mestre Solano, Roberta Carvalho, Aíla, Rafael BQueer, Uyra, Guitarrada das Manas, Nic Dias, Victor Xamã, Pantera Black, Keila, DJs do Surreal Crocodilo, Nelson D e Patrícia Bastos, Suraras do Tapajós, além dos DJs Will Love, DJ Waldo Squash e DJ Méury.

 

"A Nave vai reunir música eletrônica e indígena, a partir do encontro entre DJ Nelson D, de Manaus, que foi adotado por italianos e volta ao Brasil para fazer arte e música eletrônica; junto com a cantora Patrícia Bastos, do Amapá, que fala muito da ancestralidade indígena, da arte afroindígena. Vai ser um encontro bem especial", revela Aíla.

 

 

 Além desses encontros, a música que toca nas mega estruturas de som, luz e efeitos especiais, conduzida pelos DJ's de aparelhagem, e é uma das vertentes culturais mais marcantes da Amazônia, mais especificamente do Pará será um dos destaques da participação de nortistas na Nave, que vai reunir Keila e DJs da aparelhagem Crocodilo, que já apareceu em videoclipe de Anitta, em 'No Chão Novinha'.

 

Keila diz que "não é fácil ser artista do Norte" e que "alcançar esse lugar de fala, essa vitrine, vai ser algo apoteótico". "É um momento importantíssimo, histórico para nossa música", afirma. Ela também promete que os artistas paraenses vão agitar o Rock In Rio: "a galera vai endoidar lá, a nave vai tremer".

 

 Foto: Divulgação

 

Alguns vão se apresentar juntos pela primeira vez, como na parceria de Aíla, que assina a direção musical da Nave, com Fafá de Belém: "na noite histórica em que todos os palcos do festival serão de atrações femininas, vamos nos juntar nesse encontro musical, que vai justamente em busca de fortalecer a cultura amazônica". E mais, na busca de mostrar ao público essa diversidade, Aíla explica que a vertente urbana também está presente no encontro de três artistas potentes, que representam estados diferentes. O rapper amazonense Vitor Xamã; Pantera Black; e a rapper paraense Nic Dias. "É um encontro inédito para falar da música da cidade, das ruas".

  

  Nic Dias  Foto: Ygor Negrão

 

Criador das famosas aparelhagens Crocodilo e Tupinambá, além de “arquiteto” construtor das tradicionais esculturas das festas tecnobrega do Pará, Seu João propõe uma estrutura em formato de barco, fazendo alusão às embarcações típicas que navegam os rios amazônicos. Mas a calmaria acaba por aí.

 Sua criação vai transformar a NAVE em uma grande festa pulsante, trazendo apresentações musicais e atrações que representam a multiplicidade sonora da região, Do som periférico ao pop contemporâneo, passando pela tradição dos povos originários, tudo será representado em encontros inéditos, pensados especialmente para o barco-aparelhagem.

 

  

Foto Nave: Projeto Nave leva barco aparelhagem ao Rock In Rio 2022. — Foto: Divulgação

 

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