No dia 07 de setembro (sábado), a partir das 20h, será celebrada a história de 40 anos do “Batuque da Praça”. Um movimento que surgiu no centro da cidade, em meio às barracas do artesanato, hoje instalada na Praça da República.
O movimento, sob a responsabilidade do Coletivo Cidade Tambor, teve a sua história iniciada por músicos, ativistas culturais e artesãos da feira do artesanato da praça da república. Dentre eles, Dimmi Paixão, Flávio Gama, Arythanan Figueiredo, que, após a instalação da feira na praça, começaram a realizar a atividade em frente às suas barracas que eram (são) localizadas ao lado do teatro Waldemar Henrique. Atualmente, a atividade é realizada no anfiteatro da praça, sempre num domingo de cada mês.
À medida que o batuque foi ganhando proporções, seus precursores e demais artistas e ativistas, concluíram que a atividade era mais que uma roda de carimbó. A mesma já se constituía como um movimento de resistência, fazendo parte da cena cultural da cidade, abraçando também outras pautas, como: a defesa dos povos originários e quilombolas, a luta contra o racismo, o machismo, defesa das comunidades LGBTQIA+, defesa da floresta, da Amazônia, etc. E, assim, nasceu o coletivo cidade tambor, em janeiro de 2016.
Vale ressaltar ainda que, com o surgimento do arraial do pavulagem, a atividade ganhou ainda mais força, haja vista que, após o término das suas programações, seu público se juntava aos frequentadores do batuque, que garantia a continuidade da programação regional na praça da república. Os mestres Dimmi Paixão, Ronaldo Curuperé, Rosivani Chaves, Ginja Duarte, Nazaco (do Trio Manari), além de outros artistas, como o nosso saudoso Rui Baldez. Dimmi e Ginja fizeram parte da primeira formação do arraial do pavulagem.
Tanto o batuque como outras atividades do coletivo são realizadas sem fins lucrativos. São custeados pelas contribuições espontâneas do público que participa e de outros parceiros. E, a essência da programação é a música regional, o carimbó (e autoral).
Com o objetivo de celebrar os 40 anos de existência do batuque, o cidade tambor está organizando uma programação, que terá como uma de suas incumbências, garantir a mostra de vários carimbós autorais que surgiram dentro das edições do batuque.
O evento foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo no edital de múltiplas linguagens, e será realizado no dia 07 de setembro, a partir das 20h, na Casa Apoena, que fica localizada na Rua São Boaventura, 171, bairro da Cidade Velha, em Belém.
Além da programação com os artistas e mestres do batuque da praça, outros artistas, como Tommil Paixão, teremos o som mecânico do sonoro paraense, tocando diretamente do vinil.
Durante a programação vários artistas e personalidades que têm contribuído com a existência do batuque serão agraciados com a “comenda do batuque”.
Serviço:
40 anos do “Batuque da Praça”
Dia 07 de setembro, a partir das 20h
Casa Apoena - Rua São Boaventura, 171, Cidade Velha
Instagram: @coletivocidadetambor_
Facebook: Coletivo Cidade Tambor