Baterista Amazonense compartilha Vivência Percussiva com público de Belém
Atualidades
Publicado em 20/08/2024

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A Prefeitura de Belém, por meio da Fundação Cultural do Município (Fumbel), convida artistas e público interessado, a participar da Vivência Percussiva Ritmos Amazônicos, com Ygor Saunier, músico amazonense. As inscrições são gratuitas, com 50 vagas e entrega de certificados.

Ygor Sunier realiza doutorado na Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), desenvolvendo estudos sobre o Marabaixo, manifestação cultural do estado do Amapá. É baterista e percussionista do Boi Caprichoso de Parintins (AM),  e da banda italiana Gen Rosso, que trabalha um pop rock com música étnica. Em Belém, ele pretende compartilhar com o público os frutos de seus 15 anos de pesquisa sobre as manifestações culturais da região.

O evento será realizado na próxima quinta-feira, 29, na Sala Vicente Salles, localizada no Memorial dos Povos, das 17h às 19h. O encontro promete ser um momento de intensa troca de experiências, destinado a alunos, professores, pesquisadores de música, percussionistas e demais interessados. Os que desejarem podem levar seus instrumentos percussivos.

Conexão Amazônia

O músico traz uma trajetória profundamente conectada com a cultura amazônica, especialmente com o Estado do Pará. “As conexões das minhas pesquisas com Belém já vêm de muitos anos. Eu estive aqui pela primeira vez em 2014, quando vim realizar as pesquisas para o meu primeiro livro, Tambores da Amazônia: Ritmos Musicais do Norte do Brasil”, relembra Ygor.

Naquela ocasião, ele se dedicou a estudar manifestações culturais como a Marujada de Bragança e o Carimbó de Marapanim, trabalhando diretamente com os mestres dessas tradições. “Eu gosto sempre de, nas minhas viagens de pesquisa, estar com eles, trocar ideias... Foi uma experiência muito especial”, acrescenta. Sua pesquisa se estende também a outras regiões do Pará, como o oeste paraense, onde investigou o Marambiré, em Alenquer.

Riqueza cultural - Para Ygor, a ligação com Belém e o estado do Pará é especialmente significativa. “Aqui, vejo o quanto vocês dão valor e se orgulham do que é amazônico e do que é de vocês, paraenses. O estado do Pará é muito rico culturalmente, com muitos ritmos e tambores, e isso é o foco de toda a minha pesquisa”, afirma.

Natural de Maués, no Amazonas, residindo na Itália, Ygor fica no Brasil por seis meses, até dezembro, concluindo suas pesquisas. Além disso, aproveita sua estadia em Belém, também para visitar algumas instituições que possam contribuir com sua pesquisa. No Museu Emílio Goeldi, ele encontrou registros de muitos dos tambores que integram seu estudo.  Embora sua carreira o tenha levado a diversos lugares, e hoje ter sua residência no exterior, ele mantém a ligação com as tradições amazônicas, retornando anualmente para participar da banda oficial de arena do Boi Caprichoso em Parintins. “Este ano foi muito especial, e pretendo voltar sempre”, finaliza o pesquisador.

 

Serviço:

 

Vivência sobre Ritmos Amazônicos.

Dia 29 de agosto, às 17h, na Sala Vicente Salles - Memorial dos Povos (Av. José Malcher, 257).

Entrada gratuita.

Inscrições para certificados, pelo link pelo link https://forms.gle/BMoYKt4N2W6hvDzx8 - 50 Vagas.

Mais informações: (91) 9821.6030.

 
Texto: Luciana Medeiros, via Agência Belém
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