Em alusão ao Dia Internacional dos Povos Indígenas, transcorrido nesta terça-feira, 9, a Prefeitura Municipal de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semec), realizou a exibição do documentário ‘”Mairí dos Povos” para estudantes nas escolas Ruy da Silveira Brito e Alzira Pernambuco, ambas no bairro do Marco.
A Coordenação de Educação Escolar de Indígenas, Imigrantes e Refugiados (Ceiir), da Semec, foi a responsável pela programação oferecida aos estudantes. A professora formadora da Ceiir, Kátia Tavares, explica que a data foi instituída em 1994 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e que a atividade busca resgatar a história da ancestralidade de Belém.
“A exibição do documentário com histórias da origem da nossa cidade, dos povos indígenas que moravam aqui antes dos portugueses chegarem e da origem do nome Mairi, a gente tem muito mais possibilidade de ter o sentimento de pertencimento”, disse a professora.
Para ela, a programação promovida nas escolas cumpre com a Lei 11.645/2008, que determina abordar a origem, as histórias dos povos indígenas que servem de alicerce para a construção da memória.
O documentário é uma produção da professora pesquisadora, Ivânia Neves, da Universidade Federal do Pará (UFPA), e pode ser acessado pelo Youtube.
Os estudantes também puderam interagir com o jogo “Como está o seu tupi?”, instigando-os a descobrir as palavras que usamos no dia a dia, que são de origem tupinambá.
“Aprendi que os nossos ancestrais têm muitas histórias e a gente não sabe. Posso ter uma descendência indígena e não sei. Os portugueses mataram os nossos indígenas. Eles já estavam aqui. Fique curiosa e fiz muitas perguntas. Gostei muito, porque é bem legal aprender assim”, comentou a esperta Sophia do Nascimento Marques, de 9 anos, estudante do 4º ano, na escola Alzira Pernambuco.
A professora Danielle Cristina Araújo, de 40 anos, ressaltou a importância da visita da Ceiir com essa atividade. “É um tema que a gente discute em sala, mas com essa atividade as crianças aprendem brincando sobre a importância dos antepassados, do quanto os indígenas têm que ser valorizados, que existem palavras do cotidiano de origem indígena e todo esse aprendizado de hoje vão levar pra vida toda”, avaliou.
Ao longo do ano, a Semec vai visitar as demais escolas para divulgar o documentário com atividades de trocas de saberes.