O lançamento do projeto, desenvolvido pelo Sistema Municipal de Bibliotecas Escolares (Sismube) da Semec, ocorreu na sexta-feira, 25, durante formação para professores da educação infantil e bibliotecários do distrito administrativo Dagua, que corresponde aos bairros Guamá, Canudos, Condor, Cremação, Jurunas e Terra Firme. O encontro ocorreu no auditório da Escola Manuela Freitas (EMEF), em São Brás.

O professor Wilson Tadeu Amoras, mediador do encontro, informa no final do ano o projeto lançará um livro que será escrito pelos estudantes, incluindo a coleta de dados e informações, tendo os professores como mediadores.

Cultura de bairro – ”Os alunos irão pesquisar os fazedores de culturas do seu bairro como poetas, escritores, artesãos e pessoas que produzem algum tipo de cultura na sua rua, na sua escola, no entorno da escola e eles irão trazer ao conhecimento da escola. É um projeto piloto que pode ser estendido para outras escolas”, adiantou Wilson.

Durante a programação dos professores, houve exposição de ideias e estratégias para o desenvolvimento do projeto. Os participantes sugeriram, por exemplo, como desenvolver o projeto com os estudantes de forma prática.

Nádia Corumbá, professora da Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Honorato Filgueiras, no bairro da Cidade Velha, está animada para dar início ao projeto e enfatiza a importância da formação para os professores.

“Esse momento foi muito relevante para entender a proposta do projeto, assim como contribuir com essa metodologia de abordagem dos personagens da cultura, da história de nossos bairros”, disse ela, que comentou estár na expectativa de fazer a diferença na vida escolar de seus alunos, tendo por base as referências locais e, assim, promover um ensino de qualidade.

Para a bibliotecária Janaína Rocha, da Escola Municipal de Educação Infantil e Ensino Fundamental (EMEIF) Edson Luis, no Guamá, o projeto desperta muitas possibilidades no sentido de trazer, resgatar e organizar o que se tem de produção cultural dentro dos bairros das escolas.

”Os alunos, certamente, irão se identificar com esse projeto, pois terão diversas produções, não apenas escrita e oral, mas produções artísticas que já são desenvolvidas nas escolas em outro projeto. Então, ‘A Leitura do meu lugar’ surge para somar a rotina das escolas da rede”, conclui.

O Sismube visa democratizar o acesso aos livros e incentivar a leitura entre alunos e a comunidade escolar da rede municipal, por meio das 83 escolas, que contam com bibliotecas próprias e em 90 escolas que recebem o projeto “Baú das Histórias”, que tem um acervo de mais de mil livros da literatura infantil.