Ju Abe
Um ato organizado por movimentos sociais feministas de Belém relembrou os quatro anos do assassinato de Marielle Franco, um crime que ainda hoje permanece sem respostas.
A vereadora pelo PSOL do Rio de Janeiro que realizou um significativo trabalho de intervenção nas comunidades pobres da cidade e em prol das mulheres negras, foi assassinada em 14 de março de 2018. A justiça até hoje mantém uma atitude de negligente indiferença diante das intensas cobranças da sociedade civil que clama por respostas em relação aos mandantes do crime brutal.
Realizado na noite desta segunda feira, no Solar da Beira, o evento foi marcado por intervenções em mapping na fachada do edifício que faz parte do patrimônio histórico arquitetônico de Belém, além de apresentações do grupo de tambores composto somente por mulheres Encanto do Tambor e da rapper Shaira Mana Josy. As projeções em mapping na fachada do Solar da Beira mostravam pinturas com o rosto de Marielle Franco e a sua famosa frase “não serei interrompida”. Os manifestantes também relembraram o motorista Anderson, militante social que acompanhava o trabalho de Marielle e foi com ela também assassinado.
“Não vão nos interromper. Podem matar uma, que surgem dez, surgem 20, surgem 30 em seu lugar. Hoje nós não somos as sementes de Marielle. Somos girassóis de Marielle, porque nós florescemos, florescemos pra uma luta muito bonita. Estamos juntas e unidas pra gente combater esse racismo, esse fascismo e essa política de morte do governo Bolsonaro”, disse a vereadora Nazaré Lima (PSOL), uma das personalidades que marcaram presença no ato.
A vereadora Nazaré Lima (PSOL) , foi uma das personalidades que marcaram presença no ato que marca os quatro anos de impunidade