“Pureza”, filme que retrata a escravidão contemporânea na Amazônia promete estreia em 2022
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Publicado em 19/01/2022

Estrelado por Dira Paes, longa foi gravado em Marabá e já abocanhou diversos prêmios em festivais de cinema Independente

 

 

O filme que retrata a história real de Pureza Lopes Loyola, a mãe que desafiou o esquema de escravidão ilegal da Amazônia e ganhou reconhecimento internacional, está com previsão de lançamento nos cinemas do Brasil neste semestre. Pureza, vivida por Dira Paes, é uma mãe que parte em busca de seu filho Abel, de quem não tem notícias desde que saiu de casa para trabalhar no garimpo. Ela descobre então um esquema de escravidão ilegal e decide denunciar aos órgãos competentes. Ao deparar-se com a descrença, volta à Amazônia em busca de provas, e sozinha enfrenta o crime, até obter reconhecimento de órgãos sociais internacionais e chamar a atenção do Estado brasileiro.

 

O filme está com lançamento previsto para o primeiro semestre deste ano.

A película foi filmada na cidade de Marabá, no Sudoeste do Pará,  e já rendeu diversos prêmios em festivais de cinema independente mundo afora, incluindo sete prêmios na categoria de melhor atriz à Dira Paes, menção honrosa no Filfest DC (EUA), Melhor filme júri popular e Menção Honrosa no Rencontres Du Cinéma Sud-américa (França), Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa (Portugal) e FEMI Festival (França Caribenha), além de festivais brasileiros como o Florianópolis Audiovisual Mercosul.  

“É emocionante pra mim falar de um Brasil que o Brasil não conhece, que o mundo não conhece”, afirma a atriz Dira Paes, em vídeo publicado em rede social oficial do filme. A atriz também afirma, em entrevista concedida ao jornal O Globo, que a narrativa de “Pureza” tenta sensibilizar o público através do drama materno da protagonista, “a gente reconhece a mãe. Porque eu sou mãe também e várias vezes eu me pergunto, ‘e se um filho meu resolvesse ir e não desse mais notícia, o que é que eu faria? Eu teria uma busca de Pureza? Acho que sim’.

Além de Dira Paes, o longa conta com outros atores consagrados na cena belenense: Alberto Silva Neto, interpretando Gato, um capanga que captura e fornece escravos para fazenda e Claudio Barros, vivendo o Padre Flávio, religioso que ajuda Pureza. A direção é de Renato Barbieri e produção de Marcus Ligocki Jr.

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